A cidade é uma grande roleta
Que espalha neons cor violeta
E enfeita o calderão borbulhante
De doenças, neuroses e desavenças
Numa agitação alucinante
A população caminha tensa
Nas praças, nas ruas, nos largos
Mulheres sem graça riem de homens amargos
Os corações estão partidos
A solidão nunca hiberna
Todos parecem perdidos
Em suas ilusões eternas
A morte passou pela esquina
E levou com ela mais uma menina
Pessoas caladas comentam
__ A cidade é tão violenta
A desgraça está exposta
Para graça e deleite de quem gosta
O duro cotidiano torna utópico qualquer plano
Para amenizar as neuroses do cotidiano
As pessoas procuram nos bares e nas drogas
Over-dose de falsa felicidade
E embrigados de vida seguem avenidas coloridas
Mas todos os caminhos levam às trevas
Onde todas as retas são curvas
Vagam as almas penadas
Todas as metas são turvas
E sacam armas pesadas
Horda de selvagens invadem
Perpetuando velhas e inventando novas mutretas
Os covardes aplaudem
Para manter o status e etiquetar a etiqueta
Tire suas mãos dessa engrenagem
Tente não ser conivente
Perturbe-se
Ou engula a cidade crua
sábado, 31 de julho de 2010
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