domingo, 6 de junho de 2010

Lâmina de Punhal - POEMA

Se eu apertar no calor de minhas mãos
A madrepérola de um cabo frio de um punhal
Talvez a ira invenene o coração
E a consciência me ordene para o mal

E se eu tiver que lançar uma pá de cal
Sobre um corpo que enfim chegou ao fim
Saciando a sede nas mimhas lágrimas de sal
E anseando a doce eternidade para mim

Quando o pecado representa uma carga
A consciência é a essência mais pesada
Não tendo o mel que tire o fel da boca amarga
Quem sabe o céu aceite o réu sem cobrar nada

Em todo mundo a maldade se alarga
Rios de sangue onde antes eram estradas
Hoje existem poucas mãos sem uma adaga
Porque a pena está mais fraca que a espada

Se minha alma transluzir pela matéria
Vou ficar ôco como um côco sobre a mesa
No transe o sangue também saia das artérias
Rubrando a alva expressão da realeza

E quando o aço adentrar pelo meu corpo
O meu sudário eu ofereço a quem me ama
Toda saudade que eu deixar depois de morto
Será eterna e passageira como a chama

Será eterna e passageira como a chama
Será eterna e passageira como a chama
Será eterna e passageira como a chama

Nenhum comentário:

Postar um comentário