domingo, 20 de dezembro de 2009

A ILÍADA E A ODISSÉIA - CONTINUAÇÃO

Nem toda a glória da Grécia deve ser atribuída aos tempos homéricos, mas não é menos verdade que inúmeras das mais típicas instituições e atitude dos gregos nos seus primórdios, foram modificadas de formas que sobreviveram de dias mais remotos. Nos poemas homéricos, o conceito de beleza vincula-se ao resplandescente, ao brilhante, ao vivo, ao claro, ao branco, ao dourado, ao vermelho, ao rosado. A beleza do que é elevado: das nuvens, do céu, das montanhas, das águas enfurecidas do mar e, no plano espiritual, do altivo, do digno, do nobre. A beleza do juvenil, do delicado, do fluorescente, do gracioso, e, por contraste, do forte, do inquietante, do inexorável. A civilização dos tempos de Homero ama a beleza plástica dos palácios, das armas, dos barcos, e coloca em evidência a beleza do canto, da dança e da música-prelúdio do grande teatro grego dos séculos sucessivos.
O preito da força e da beleza física, símbolos do herói contraíram desde Homero núpcias indissolúveis com as qualidades do espírito: o "kalon", o belo e o "agathón", o bom; eis aí a síntese de uma visão humanística que se remonta à Ilíada e a Odisséia. Ali, o mundo dos deuses era a projeção dessa sociedade heróica e aristocrática.
Dessa forma, não podemos deixar num plano secundário as divindades homéricas. A primeira grande característica dessas divindades reais é serem luminosas e antropomórficas. Em vez de potências "ctônicas", assustadoras e terríveis, os deuses homéricos se apresentavam inundados de luz, superlativados nas qualidades e nos defeitos.
O teratomorfismo(concepção de um deus com forma animal)que, por vezes, aparece em Homero, certamente reminiscência de um antigo totem de influência oriental, parece residir apenas em alguns epítetos, sem que esse zooformismo tenha outras consequências práticas
Há os deuses que permanecem como força da natureza, na Ilíada, o deus-rio Escamandro ou Xanto participa da grande batalha do capítulo XX e, irritado com os inúmeros corpos lançados por Aquiles em suas correntes, o deus-rio transborda e ameaça submergir o herói. Também, para que a pira que deveria consumir o corpo de Pátroclo se inflamasse, foi preciso que Aquiles, no canto XXIII do mesmo poema dedicasse aos deuses "ventos boreas e Zéfiro" ricas oferendas.
Dada a visão de conjunto, não é difícil caracterizar cada um dos deuses antropomorfizados que agem nos poemas homéricos: deuses que amam, odeiam, protegem, perseguem, discutem, lutam, ferem e são feridos, aconselham, traem e mentem. Já se disse com certa ironia, que em Homero há tres classes de homem: povo, heróis e deuses. O que estaria bem próxima da verdade se os deuses não fossem imortais
Mas como o escravo se inseria nessa sociedade?

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

A Ilíada e a Odisséia

Na teoria do filósofo alemão Friedrich Wilhelm Nietzche(1844-1900), a Grécia é o berço da cicilização ocidental e as obras de Homero a matriz cultural desta civilização; porém, segundo ele,a herança que recebemos dos antigos gregos não veio como todos arrogantemente imaginam da cultura onipotente, porém efêmera, do senhor, mas o que realmente herdamos foi o que sobrou da escamoteada, porém permanente, cultura do escravo.
Neste contexto, este trabalho teve como objetivo principal identificar as diversas instiuições políticas e as classes sociais que compunham a sociedade homérica. O objetivo primeiro foi buscar entender através da leitura dos poemas A Ilíada e a Odisséia de Homero como funcionava a engrenagem político-social daquela sociedade marcadamente guerreira e aristocrática e, num momento seguinte, buscar nas mesmas fontes e com auxílio dos escritos de historiadores que estudam o periodo, focalizar a escravidão naquela sociedade e a importância que esta instituição teve para a manutenção ou a evolução da mesma.
Segundo os estudiosos do periodo A Ilíada e a Odisséia datam dos fins do século IX ou início do século VIII a.C, sendo a Ilíada anterior a Odisséia em alguns decênios. E Homero relata na A Iliada não a guerra de Tróia desde seu começo até o seu final, mas episódios do nono ano de uma guerra que durou dez anos, sendo o tema central a ira do herói Aquiles e sua abstenção do combate até a morte de seu amigo Pátroclo e a vingança do herói em Heitor, chefe troiano que matou seu amigo. Já na Odisséia, o poeta relata as aventuras e as desventuras dos dez anos em que o herói Ulisses penou até chegar a Ítaca, sua terra natal, após dez anos de luta na guerra contra Tróia.
A guerra de Tróia não foi uma guerra de gregos contra bárbaros,foi uma guerra de gregos contra gregos, povos que falavam a mesma língua, veneravam os mesmos deuses com as mesmas oferendas e rituais. Mas Homero irá definir como aqueus os gregos que não eram troianos
A primeira discrição do mundo aqueu em seus últimos anos de expansão, nos é apresentada através da A Ilíada, no canto dois, quyando da passagem do catálogo dos navios, onde o poeta enumera os reis que partiram do continente sob a chefia de Agamêmnon, rei de Argos e Micenas, a fim de resgatar a raínha Helena de Esparta, mulher de seu irmão Menelau que fora raptada pelo jovem Páris, filho do rei Príamo, soberano dos troianos - CONTINUA

APOCALYPSE - Era de Guerra e Flores - POEMA

Apocalypse, rosa e fuzil
A era de guerra e flores
E os tratores rompem firmes seus caminhos
Os amores não dão rosas
Dão espenhos
E as crianças aprocura de um jerdim?
Afinal é a era de guerra e flores
Afinal é a era de guerra e flores
Afinal é a era de guerra e flores

Astronautas voam aos céus
Com seus motores
E os remédios pra curarem suas dores?
Automóveis desfilando
Lindas cores
E os poetas, os trovadores e os cantores?
Afinal é a era de guerra e flores
Afinal é a era de guerra e flores
Afinal é a era de guerra e flores

Afinal já não suporto seus horrores
Que notícias nos trarão mais uns rancores
Afinal já não há nem lugar pra flores

Olha os tratores
Olha os amores
É guerra e flores
Olha os motores
As suas dores
Não há mais cores
Nem trovadores
E nem cantores
Não há mais flores

domingo, 6 de dezembro de 2009

Átimo (O Instante phênix) - Poema

Não duvido da morte
Apenas acredito em renascer
Sacudir as cinzas, voar
Decolar para além do além
Posso até ter medo
E não ser coverde
Vivo para morrer
Mesmo que finja ressucitar
O elemento surpresa
Depende do seu instante phênix
Quando se aprende a renascer das cinzas
Com a brasa a[inda quente
E um atimo ser uma eternidade
Nada mais me surpreende
Perdoo ate quem nao me entende
Por nao saber traduzir meu lado phenix
Afinal so vence quem aprende
Que para ganhar jogo
Voce tem que ser um ser
Muito mais forte que o fogo

Nao me arrisco com a sorte
Mas nao duvido em vencer
Iludir como os ninjas ao lutar
Acreditar que ninguem e de ninguem
Mas sepultar os segredos
Antes que seja tarde
Morro para viver
Mesmo que finja renunciar
O momento de presa
Acende o seu instante phenix
Onde o que te prende
Tambem te ensina a voar sobre cinzas
Com as asas ainda quente
E otimo transcender como divindade
Sei que ninguem me compreende
Mas o meu voo nao se prende
Ao cais que atrai meu lado phenix
So quem nao se entrega nao se rende
E aprende que para vencer o fogo
O ser tem que ser um ser
Com muito mais sorte no jogo

POEMA INEDITO ESCRITO A PEDIDO DE MEU FILHO JORGE Jr, BAIXISTA DA BANDA DE ROCK ATMOSPHENIX EM 05 de dezembro de 2009 as 19-30 hs - Meier -RJ -Brasil