domingo, 3 de outubro de 2010

SANGUE - Poema - Continuação

As nuvens eram vermelhas
As chuvas eram de SANGUE
As valas, os pântanos, os mangues
Também eram de SANGUE
A tristeza ía e vinha
Como um bumerangue
Distribuindo SANGUE

Tudo era SANGUE

O sol vermelho ardia
O mar refletia
Como um imenso espelho
Vermelho de SANGUE
Os filmes de bang-bang
Não eram nada
Nessa escalada de SANGUE

Tudo era plasma
Vermelhidão de fantasmas
Que vagavam pelas casas
Mas as casas ardiam em brasas
As paredes, as janelas, as telhas
Eram todas vermelhas

De sangue eram as cachoeiras com suas cascatas
Despejando cabeleiras abruptas
Regando florestas e matas
Verdejantemente rubras

As praias, os rios, os lagos
Também eram de SANGUE
Tudo lembrava morte
Seja no sul
Ou no extremo do norte
Nada era azul
Tudo era vermelho
Tudo era SANGUE

Mas quando tudo parecia o fim
Olhei para dentro de mim
E descubri
Que o meu interior
Era repleto de amor
Havia belos animais, sorrisos de crianças
Um diversificado jardim com lindas flores
Tudo coberto por um grande aro-iris
Com mais de mil cores

Nenhum comentário:

Postar um comentário