domingo, 11 de julho de 2010

Ba-Ghana, Ba-Ghana - Comentáios sobre a Copa de 2010

Escrevo após ver a final entre Espanha e Holanda na Copa de 2010 realizada na África do sul. Por uma questão de parentesco e latinidade torci para a Espanha, que felizmente venceu na prorrogação por um gol a zero. Mas, para desespero dos patrulheiros ideológicos e os patriotas de plantão eu desde o inicio da competição não torci para a seleção do meu país, o Brasil, estava torcendo para todas as seleções africanas e no final quando ficou apenas a seleção de Ghana, passei a torcer ardentemente para aquele país, como se lá estivesse nascido. Explico:Desde que me entendo como gente, a sociedade, a elite e o estado brasileiro sempre fizeram questão de me lembrar que sou descendente de africanos e de escravos, ou seja, que sou um negro que vive numa sociedade dominada por uma classe senhorial branca, então, nada mais natural que num momento emblemático como este a minha negritude aflorasse. Por este motivo, quando jogou Brasil e a Costa do Marfim eu torci para a seleção do continenete aficano e fiquei abismado quando o Luiz Fabiano fez aquele gol em que levou a bola com a mão por duas vezes e o Galvão Bueno e seus colaboladores, o ex jogador Casa Grande, o ex árbitro Arnaldo Cesar Coelho e o tambem ex-jogador Junior elogiavam como o gol mais bonito da copa até então, pivilegiando o jeitinho brasileiro, deixando claro que para eles os meios(mesmo que ilícitos) justificavam o fim. É triste como brasileiro constatar que a corrupção, a desonestidade, o levar vantagem em tudo é algo cultural, introjetado nas veias e nos tentáculos de nossa sociedade. Os políticos nos refletem, nós que os elegemos. Eles são os frutos podres que caem da árvore oca e torta que representa a nossa sociedade. Se a sociedade não mudar não dá para pensar em politicos melhores. ATENÇÃO. Este ano é ano de eleições majoritárias.

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